segunda-feira, 1 de maio de 2017

Getúlio Dornelles Vargas



Getúlio Dornelles Vargas

(São Borja, 19 de abril de 1882 — Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954) foi um advogado e político brasileiro, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo seu 13º e último presidente, Washington Luís, e, impedindo a posse do presidente eleito em 1 de março de 1930, Júlio Prestes.

Foi presidente do Brasil em dois períodos. O primeiro período foi de 15 anos ininterruptos, de 1930 até 1945, e dividiu-se em 3 fases: de 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório"; de 1934 até 1937 como presidente da república do Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e, de 1937 a 1945, como presidente-ditador, durante o Estado Novo implantado após um golpe de estado.

No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se suicidou. Getúlio era chamado pelos seus simpatizantes de "o pai dos pobres", frase bíblica (livro de Jó-29:16) e um dos títulos de São Vicente de Paula, e, título criado pelo seu Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, enfatizando o fato de Getúlio ter criado muitas das leis sociais e trabalhistas brasileiras. A sua doutrina e seu estilo político foram denominados de "getulismo" ou "varguismo". Os seus seguidores, até hoje existentes, são denominados "getulistas". As pessoas próximas o tratavam por "Doutor Getúlio", e as pessoas do povo o chamavam de "O Getúlio", e não de "Vargas".

Cometeu suicídio no ano de 1954, com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Getúlio Vargas foi considerado o mais importante presidente da história do Brasil. Sua influência se estende até hoje. A sua herança política é invocada por pelo menos dois partidos políticos atuais: o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela lei nº 12.326


Nascimento: 19 de abril de 1882, São Borja, Rio Grande do Sul
Falecimento: 24 de agosto de 1954, Palácio do Catete, Rio de Janeiro
Formação: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1907)
Mandatos presidenciais: 31 de janeiro de 1951 – 24 de agosto de 1954, 3 de novembro de 1930 – 29 de outubro de 1945
Filhos: Alzira Vargas, Lutero Vargas, Manuel Sarmanho Vargas, Jandira Vargas, Getulinho Vargas



Carreira Política de Getúlio Vargas:

- 1909 - eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul
- 1913 - reeleito deputado estadual (renunciou no mesmo ano)
- 1917 - retornou à Assembleia Legislativa
- 1919 e 1921 - reeleito deputado estadual
- 1924 a 1926 - deputado federal
- 1926 a 1927 - Ministro da Fazenda
- 1928 a 1930 - Governador do Rio Grande do Sul
- 1930 a 1945 - Presidente do Brasil
- 1951 a 1954 - Presidente do Brasil


Vida pessoal

Nasceu em 19 de abril de 1882, no interior do Rio Grande do Sul, no município de São Borja (fronteira com a Argentina), filho de Manuel do Nascimento Vargas e de Cândida Francisca Dornelles Vargas. Na juventude, alterou alguns documentos, para fazer constar o ano de nascimento como 1883. Este fato somente foi descoberto nas comemorações do centenário de nascimento, quando, verificando-se os livros de registros de batismos da Paróquia de São Francisco de Borja, descobriu-se que Getúlio nasceu em 1882, constando no seu assento de batismo

 provém de uma família de estancieiros da zona rural da fronteira com a Argentina. Os Vargas são originários do Arquipélago dos Açores. Uma genealogia detalhada de Getúlio Vargas foi escrita pelo genealogista Aurélio Porto, Getúlio Vargas à luz da Genealogia, publicada pelo Instituto Genealógico Brasileiro em 1943.

Getúlio teve quatro irmãos: Espártaco, Viriato, Protásio e Benjamim (O Bejo).
Casou-se, em São Borja, na casa de residência do Tenente Antônio Sarmanho, em 4 de março de 1911, com Darcy Lima Sarmanho[15], de quinze anos de idade, com quem teve cinco filhos: Lutero Vargas, Getulinho, que morreu cedo, Alzira Vargas, Jandira e Manuel Sarmanho Vargas, o "Maneco" que, em 1997, cometeu suicídio da mesma forma do pai.

Este casamento foi um ato de conciliação, pois as famílias dos noivos eram apoiadoras de partidos políticos rivais na Revolução Federalista de 1893. A família de Darcy Sarmanho era maragato (do Partido Federalista do Rio Grande do Sul) e a de Getúlio ximango (do Partido Republicano Rio-grandense). Sobre maragato não se casar com ximango, Glauco Carneiro, em Lusardo, o Último Caudilho, conta que: "Thadeo Onar, em entrevista ao autor, explica que a elite política do Rio Grande vem sendo dividida desde os primórdios... da República: 'É a tradição política... O pai era libertador, o filho também. As famílias não deixavam casar com quem fosse republicano. Era a tradição, era uma espécie de aristocracia, pois um aristocrata não vai se casar com um plebeu'.

Cartório de Registro Civil de São Borja

No Acento de Casamento do Cartório de Registro Civil de São Borja, Primeiro Distrito, consta: "Aos quatro dias do mês de março de mil novecentos e onze neste Primeiro Distrito do Termo e Cidade de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul, na casa de residência do Senhor Antônio Sarmanho nesta cidade, as nove horas da noite, presente o cidadão João Garcia Góis juiz distrital de casamento, comigo escrivão interino adiante nomeado e assinado e as testemunhas General Manuel Nascimento Vargas, Major Viriato Dorneles Vargas e o Tenente Antônio Sarmanho, receberam-se em matrimônio o cidadão Doutor Getúlio Dorneles Vargas, solteiro, com vinte e oito anos de idade, profissão advogado, natural deste estado, residente nesta cidade, filho legítimo do General Manuel do Nascimento Vargas e de Dona Cândida Dorneles Vargas, ambos naturais deste estado, e residentes nesta cidade, e Dona Darci Lima Sarmanho, com quinze anos de idade, profissão doméstica, natural deste estado, residente nesta cidade, filha legítima do Tenente Antônio Sarmanho e de dona Alzira Lima Sarmanho já falecida e sepultada no cemitério público desta cidade. E declaram não existirem parentesco entre ambos em grau proibido nem outro impedimento legal que as iniba de casar um com o outro. Em firmeza do que eu Abílio Correa Sá Escrivão Interino lavro este ato do que vai por todos assinados".

Getúlio Vargas & Darcy Vargas
imagem: istoe.com.br/

Cultural
Getúlio Vargas foi, várias vezes, retratado como personagem no cinema e na televisão.

Leon Cakoff, no filme O País dos Tenentes (1987)
Carlos Ferreira, na minissérie Agosto (1993)
Carlos Ferreira, no filme For All - O Trampolim da Vitória (1997)
Renato Borghi, no filme Lost Zweig (2002)
Paulo Betti, no filme Chatô, o Rei do Brasil (2003)
Osmar Prado, no filme Olga (2004)
Carlos Ferreira, na minissérie JK (2006)
Ricardo Blat, no filme O Amigo Invisível (2006)
Tony Ramos, no filme Getúlio (2014)
Foi referido no título de um dos livros do humorista Jô Soares, O Homem que Matou Getúlio Vargas, editado em 1998.

Foram ainda feitos sobre Getúlio, os documentários:

Getúlio Vargas, sob direção de Sylvio Back, em 1980;
Getúlio Vargas, em 1974, sob direção de Ana Carolina;
O mundo em que Getúlio viveu, em 1963, que teve direção de Jorge Ileli.
A efígie de Getúlio foi impressa nas notas de dez cruzeiros (Cr$ 10,00) de 1950 e cunhada no verso das moedas de centavos de cruzeiro que circularam de 1942 a 1970.


Preservação da memória e homenagens

O arquivo de Getúlio Vargas e os pertences pessoais estão preservados no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas, que desenvolve pesquisa sobre a história do Brasil pós 1930.

'Getúlio Vargas - RS: Um dos municípios brasileiros assim batizados em sua homenagem.
Três municípios brasileiros homenageiam Getúlio Vargas em sua denominação: Getúlio Vargas, no Rio Grande do Sul; Presidente Vargas no Maranhão, e Presidente Getúlio em Santa Catarina. Rubinéia também já foi denominada "Porto Presidente Vargas".

A refinaria de Araucária recebeu o nome de Refinaria Presidente Getúlio Vargas.

A usina siderúrgica de Volta Redonda, pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional recebeu o nome de Usina Siderúrgica Presidente Vargas. Foi lançado em 1983 pela ECT uma série especial de selos comemorativos do centenário de nascimento de Getúlio.

A lei federal nº 7.470, de 29 de abril de 1986, outorga ao Presidente Getúlio Vargas o título de "Patrono dos Trabalhadores do Brasil".

De acordo com eleição promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, em abril de 2007, Getúlio Vargas foi considerado o "Maior Brasileiro de Todos os Tempos". Sua escolha foi realizada com base em perguntas a 200 destacados intelectuais, políticos, artistas, religiosos, empresários, publicitários, jornalistas, esportistas e militares brasileiros.

Pela lei nº 12.326, de 15 de setembro de 2010, Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria.

Segundo votação feita pelo SBT, na internet, obtendo quase 1,3 milhões de votos, Getúlio Vargas foi eleito um dos maiores brasileiros de todos os tempos, ficando entre os dez primeiros colocados, e está entre os 12 finalistas que vão concorrer ao título de "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos".

Getúlio na Fazenda do Itú, em São Borja (RS)



Academia Brasileira de Letras e obras publicadas

Eleito a 7 de agosto de 1941, como terceiro ocupante da cadeira 37 da ABL, Academia Brasileira de Letras, cadeira que tem por patrono Tomás Antônio Gonzaga. Foi empossado a 29 de dezembro de 1943, recebido por Ataulfo de Paiva. Substituiu Alcântara Machado e, após sua morte, sua cadeira foi ocupada por Assis Chateaubriand.

Suas principais obras publicadas são as coletâneas de seus discursos e o "Diário":

A Nova Política do Brasil, em 11 volumes, que reúne seus principais discursos de 1930 a 1945. Em 1941, quando Getúlio foi eleito para a ABL, seus discursos ocupavam sete desses volumes.
As Ideias do Presidente Getúlio Vargas, em 1939, seleção de frases de "A Nova Política do Brasil", organizadas, tematicamente, por Alcides Gentil.
As Diretrizes da Nova Política do Brasil, em 1942, que contém trechos selecionados de seus discursos e entrevistas dadas à imprensa internacional.
A Política Trabalhista no Brasil, publicado em 1950, que reúne seus discursos feitos de 1945 a 1947.
A Campanha Presidencial, que reúne seus discursos eleitorais durante a eleição de 1950.
O Governo Trabalhista do Brasil, em 4 volumes, que reúne seus discursos de 1951 a 1954.
Diário, em 2 volumes, que abrange o período de 1930 a 1942, publicado em 1997.



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HISTÓRIA Museu Getúlio Vargas



HISTÓRIA Museu Getúlio Vargas

A Casa Museu Getúlio Vargas está situada na Av. Presidente Vargas, 1772 em São Borja (RS).
O prédio foi construído em 1910. Após casar, em 11/03/1911, Getúlio Vargas e sua esposa Darcy Sarmanho Vargas passaram a residir na casa, onde também ele desenvolvia sua atividade profissional como advogado.

Este Museu foi idealizado pelo Dr. Lutero Sarmanho Vargas, filho mais velho de Getúlio, o qual herdou a casa. Em 1984 foi inaugurado o Museu Getúlio Vargas em São Borja- RS, com intuito de preservar a memória e a história de seu pai.

A Casa Museu Getúlio Vargas está “tombada” como patrimônio do município de São Borja. Possui 11 (onze) cômodos nos quais estão dispostos painéis com a história política e fotos que ilustram cada época descrita, itens pessoais e registros antigos de toda sua trajetória política, além de móveis, livros, documentos, peças de vestuário, fotografias, louças e itens históricos de sua vida e morte.
Entre peças expostas e guardadas no acervo e reserva técnica, livros que aguardam restauração e digitalização constam em torno de 2.280 peças caracterizados numa biotipologia do personagem Getúlio Vargas e a família Vargas.

Tudo que está exposto na Casa Museu Getúlio Vargas e a forma como estão expostos surgem no contexto da museologia municipal, regional e nacional como recurso cultural de suma importância que deve ser dinamizada, divulgada, conservado e adequado as necessidades e interesses dos seus visitantes, estudantes e professores que por aqui passam, realizam suas pesquisas e estudos.


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CONTATO Museu histórico Getúlio Vargas


ENCONTRE-NOS - Museu histórico Getúlio Vargas

Av. Presidente Vargas, 1772 em São Borja (RS).
CEP: Rio Grande do Sul 97670-000, Brasil


E-mail: museugetuliovargas@saoborja.rs.gov.br

Telefone: Ligar (55) 99928-4848

Site:
Blog: www.museugetuliovargas.blogspot.com.br
FaceBook:  www.facebook.com/museugetuliovargas/

Horário de funcionamento:
Segunda-feira a sábado: aberto das 8:30 min às 12h e das 14h às 17:30min 
Domingo:Somente com agendamento na Secretaria Municipal de Turismo Cultura Esporte e Lazer (SMTCEL) - São Borja-RS

Fundação em 1984


Veja qual é a distância entre:

São Borja:  Porto Alegre RS - 7 h 33 min (584,0 km) via BR-287
São Borja:  Gramado RS - 8 h 55 min (642,6 km) via BR-287
São Borja:  Santa Maria RS - 3 h 44 min (293,9 km) via BR-287
São Borja:  Barra do Guaraí RS- 3 h 13 min (251,6 km) via BR-472
São Borja:  Foz do Iguaçu PR - 7 h 27 min (528,8 km) via RN12 Argentina AG
São Borja:  Brasília, Distrito Federal - 27 h 2.212 km via BR-153




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